A cada 1.200 horas de voo os F-5 da FAB são encaminhados ao Parque de Material Aeronáutico de São Paulo (PAMA-SP). Lá é feito o que se chama de IRAN (Inspection and Repair as Necessary, ou Inspeção Periódica Pré-Programada). Quando a aeronave completa um ciclo de 2.400 horas é feito o que se chama de “check D”. São intervenções comumente chamadas de “Grandes Revisões”.
Estas revisões também são conhecidas como manutenção “nível parque” (como o próprio nome sugere, são realizadas nos PAMAs) porque são mais completas do que aquelas realizadas pelas bases (manutenção “nível base”) onde os aviões operaram.
As revisões IRAN são fundamentais para a correta manutenção da aeronave. Nas inspeções realizadas neste nível podem ser detectadas descontinuidades da estrutura (trincas, rachaduras, etc) ou níveis de corrosão avançados nem sempre visíveis a olho-nu.
Foi numa destas revisões que se descobriu a presença de problemas em algumas longaridas das asas dos F-5E adquiridos usados da USAF. As mesmas foram trocadas e as aeronaves continuam voando. Não é de se espantar. Estes aviões em especial eram utilizados pelos esquadrões “Agressors” e praticamente só participavam de combates aéreos puxando altos Gs.
Depois da inspeção, em que a aeronave é totalmente desmontada e depois remontada, o que, dependendo da complexidade dos reparos, substituições etc, pode levar aproximadamente um ano, os aviões são pintados de acordo com os procedimentos vigentes na FAB. As ornamentações (bolacha do esquadrão, pinturas comemorativas, etc) são feitas nos esquadrões.
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