Informes da FAB também tratam das operações de reabastecimento em voo e ações no solo após interceptações
A Força Aérea está baseada na cidade de Vilhena, sul de Rondônia, na fronteira oeste do Brasil. Caças A-1, A-29 Super Tucano, helicópteros H-60 BlackHawk, avião de reconhecimento R-35 e de transporte C-95 Bandeirante e C-98 Caravan movimentam o aeroporto da cidade durante a Operação Ágata 3.
Nessa operação, a FAB está cumprindo as missões de reconhecimento aéreo. As informações coletadas nos voos sobre a região de fronteira são usadas em apoio ao Exército, Marinha, Receita Federal, FUNAI, IBAMA, ABIN e órgãos de Segurança Pública.
Além disso, as aeronaves da Força Aérea Brasileira estão preparadas para cumprir missões como interceptações de aviões em voos irregulares ou até o ataque de alvos no solo.
A área de operações tem aproximadamente 8 mil quilômetros de extensão e envolve toda a região de fronteira do Brasil com o Peru, a Bolívia e parte do Paraguai. O principal objetivo da Operação Ágata 3 é combater o tráfico de drogas, armas, além de crimes ambientais e fiscais, como o contrabando.
Caças da FAB fazem reabastecimento em voo
Durante a Operação Ágata 3, as aeronaves de caça da FAB utilizam o recurso do reabastecimento em voo para permanecer mais tempo cumprindo suas missões. O caça bombardeiro A-1 AMX poderia decolar da Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, e seguir sem escalas até Fortaleza (CE). Com o reabastecimento em pleno voo, pode alcançar qualquer ponto da América do Sul, por exemplo. “A nossa aeronave já tem uma autonomia muito boa, mas com o reabastecimento em voo o limite passa a ser as condições fisiológicas do piloto”, revela o Tenente Coronel Denison Ferreira, Comandante do Esquadrão Adelphi, uma das unidades de A-1 da FAB.
A Operação Ágata 3 conta com aeronaves KC-130 que são responsáveis por prover o reabastecimento em voo das aeronaves de caça.
Da interceptação às medidas de controle no solo
Durante a Operação Ágata 3, que ocorre no bordo ocidental da fronteira amazônica, são realizadas missões de interceptação que podem ocasionar o pouso obrigatório de aeronaves utilizadas para o tráfico e contrabando. As possíveis aeronaves ilícitas são vigiadas pelo controle de tráfego aéreo brasileiro 24 horas por dia e caso haja necessidade, um piloto de caça da FAB poderá instruir o piloto da aeronave infratora a efetuar um pouso, denominado pouso obrigatório, para averiguação de irregularidades.
Essas missões tem por objetivo impedir que uma aeronave utilize o espaço aéreo brasileiro para fins ilegais e são iniciadas por determinação do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA) em Brasília.
Além da aeronave interceptadora, uma equipe aerotransportada de pronta resposta, composta por militares da Força Aérea Brasileira é acionada imediatamente, com o propósito de atuarem junto aos possíveis traficantes, que normalmente tentam fugir pela mata após pousarem em locais muitas vezes impróprios para a operação de aviões.
Uma vez no chão, esta tropa de apoio terrestre possui a missão de conter os possíveis fugitivos ou traficantes até que a polícia federal chegue ao local. Na ausência da autoridade competente e configurado o crime, os militares da FAB podem realizar a captura e a prisão em flagrante, com o posterior encaminhamento à Polícia Judiciária para a lavratura do auto correspondente.
Estas tropas terrestres pertencem às Unidades de Infantaria de Manaus, Porto Velho, Boa Vista, Campo Grande e Brasília e são equipados com pistolas, fuzis, capacete, binóculo para visão noturna (NVG), colete balístico, GPS, algemas e rádios para comunicação. Além disso, portam consigo uma ração para consumo individual e água, para o caso de permanência no local da abordagem.
Considerando a flexibilidade como uma das mais importantes características de uma Força Aérea, as operações militares realizadas durante a Ágata 3, possibilitam que a lei e a ordem prevaleçam nos locais mais remotos do Brasil.
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